A Tesla, uma
estrela na bolsa de Nova York, não tem atualmente rivais para os carros elétricos
do segmento mais alto, de acordo com François Jaumain, especialista em
consultoria de indústria automotiva PwC.
Com muita
procura por parte de celebridades e pessoas ricas, os dois modelos têm preços na
Europa entre os 61.000 e 124.000 euros, mas o fundador da Tesla, Elon Musk, já
prometeu um modelo mais barato, por cerca de 30 mil euros, para os próximos dois
anos.
Nos Salão do
Automóvel de Frankfurt, esta semana, a Audi, a marca de luxo pertencente ao
grupo Volkswagen, espera desvendar o seu novo “e-tron quatro”, um todo terreno
urbano que poderá entrar em produção em 2018 sob o nome Q6.
A Porsche,
também do grupo Volkswagen, prepara-se para apresentar o “Mission E”, um carro
elétrico que promete uma autonomia de 500 quilômetros, podendo acelerar de 0 a
100 km/h em 3,5 segundos, com uma velocidade máxima de 250 km/h e um motor de
600 cavalos.
O presidente
da Volkswagen, Martin Winterkorn, disse que o compromisso do grupo para a
mobilidade eléctrica é "clara", sendo que François Jaumain refere que
a Audi "quer claramente mostrar que não vai deixar a Tesla sozinha no
mercado".
A empresa norte-americana está
convencida de que a procura por um modelo mais acessível em termos de preço
será sustentável e, para isso, está construindo uma fábrica multimilionária em
Nevada para produzir as baterias.
O presidente da Tesla disse que a empresa
estará em condições de construir 500.000 carros por ano até 2020, dez vezes
mais do que espera vender este ano.
Elon Musk também prevê que a Tesla
terá lucros em cinco anos, após um investimento gigantesco de 1 bilhão de
dólares no primeiro semestre do ano.
O responsável
da Tesla está optimista e os investidores também: as ações de Tesla em Wall
Street já valem oito vezes mais desde o início de 2013, com uma capitalização
bolsista atual de cerca de 3 bilhões de dólares.
Apesar deste entusiasmo, alguns
analistas comparam o desempenho da Tesla com a bolha tecnológica. "A Tesla
está tão insanamente supervalorizada que se pode comparar à bolha tecnológica
no final de 1990", advertiu Joe Nocera, um consultor em Nova Iorque.
Por seu lado, Luca De Meo, diretor de
vendas globais da Audi, refere que os carros movidos a eletricidade terão um
avanço significativo entre 2018 e 2019. De tal forma que os condutores já não
verão grandes diferenças entre um carro eléctrico e os motores tradicionais.
A Mercedes-Benz também está se
preparando para desafiar a Tesla. O responsável de investigação e
desenvolvimento da marca alemã, Thomas Weber, disse recentemente que a Mercedes
está trabalhando "num conceito inteligente para um carro eléctrico
extremamente atraente, com uma autonomia entre 400 e 500 km".
Já a rival BMW também parece interessada em desenvolver os seus modelos
eléctricos após o lançamento do i8 e i3.
Os carros eléctricos são ainda um
nicho de mercado, tanto nos Estados Unidos e como na Europa, onde representam
apenas 1% das vendas nos primeiros seis meses de 2015, mas com previsões de
crescimento de dois ou três dígitos, as marcas 'premium' alemãs estão se
preparando para a 'guerra' de mercado, não dando grande margem de manobra à
Tesla.
Fonte: automotor.pt
Fonte: automotor.pt
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