Se você cresceu vendo Gol GTI, Kadett GSI, Uno Turbo, Tempra
Turbo, Golf GTI e Civic SI, somente para citar os mais emblemáticos esportivos
nacionais e sonhava em acelerar algum dia qualquer um destes carros, percebeu
que com o passar dos anos, as opções de carros nacionais com proposta
semelhante aos citados acima foram rareando cada vez mais. Atualmente existem apenas
representantes da Fiat, o Punto T-Jet e Bravo T-Jet (este apesar da montadora
informar não é um verdadeiro esportivo) que atendem o público que busca maior emoção
ao volante.
A partir de agora o Sandero RS passa a ser mais uma
alternativa que deve ser levada muito a sério, ainda mais por conta do preço
bem menor (58.880 reais e 59.880 com rodas 17) em relação ao carro da Fiat mais
barato na proposta, o Punto (68.150 reais). Equipado com motor 2.0 16v o mesmo
do Duster com alterações de componentes e calibração para satisfazer motoristas
que priorizam propostas distintas, resultaram em 150 cv e 20,9 kgfm a 4500 rpm.
As mudanças não se resumem apenas ao motor e diferenciações
estéticas externas que incluem novo para-choque dianteiro com led diurno, saia
lateral e adesivo, rodas de 16 ou 17 polegadas constituindo o único opcional,
para-choque traseiro com extrator, saída dupla do escapamento e aerofólio traseiro
com efeito prático que produz downforce. Na parte interna bancos esportivos que
podem ser classificados como concha, costuras vermelhas, pedaleira de alumínio,
quadro de instrumento diferenciado e volante importado do Clio RS europeu.
Cambio de 6 marchas com sexta que não está lá para priorizar
consumo de combustível, freios a disco nas rodas traseiras, suspensão rebaixada
e enrijecida, adição de controle de tração e estabilidade, seletor de modo de
condução que permite desligar completamente controle de tração e estabilidade são
provas de que a sigla RS não foi adotada à toa.
Diante da quantidade de especulações sobre o desempenho do Sandero RS frente ao Punto T-Jet, Up Tsi e até mesmo Golf 1.4T manual, resolvemos reunir números de teste da revista Autoesporte.
Punto T-Jet
Golf 1.4T Highline
Move Up Tsi
Confira abaixo e tire suas próprias conclusões.
SANDERO RS PUNTO T-JET MOVE
UP TSI GOLF TSI (m)
etanol gasolina etanol gasolina
6 marchas 5 marchas 5 marchas 6 marchas
EM NEGRITO O MELHOR EM CADA PROVA
0 – 100 km/h 8,6 (s)-------9,5 (s)-----------9,7 (s)---------8,5 (s)
0 – 400 m 16,3 (s)-----------------------16,8
(s)---------------
0 – 1000 m 29,7
(s)-----------------------30,7 (s)---------------
40 – 80 km/h (3ª) 4,4 (s) -----------------------6
(S)-------------------
60 – 100 km/h (4ª) 5,5
(s)------------------------8,5(s)-----------------
80 – 120 km/h (5ª) 7,3
(s)------------------------12,6 (s)--------8,2 (s)
100 – 0 km/h 57,2
(m)----------------------40,3
(m)--------------
80 – 0 km/h 25
(m)------------------------27,5 (m)------25,5 (m)
60 – 0 km/h 14
(m)------------------------16,3 (m)--------------
CONSUMO
Cidade 7,1 km/l--------------------------11,3 km/l-----10,1 km/l
Estrada 9,5 km/l---------------------------14,7
km/l-----15,9 km/l
CONCLUSÃO
De acordo com números apresentados pela revista Autoesporte,
o Sandero RS é capaz de deixar para trás todos os carros nacionais abastecido
com etanol ou gasolina, independente da cilindrada e sobrealimentação por turbo,
chegando inclusive a ganhar do Golf 1.4T em retomada de 80 a 120 km/h e praticamente
empatando em aceleração de 0 a 100 km/h.
Up TSI e Punto T-Jet ficam
muito para trás em aceleração até 100 km/h e o Up também em retomada de
velocidade em qualquer marcha ou velocidade e em 2 medições de frenagem do
total de 3.
Resta ao Up o consolo de ganhar em consumo que é o foco do
carro e não esportividade, mas mesmo assim perde para o irmão Golf na estrada
por margem considerável.
Não existe nada no mercado nacional 0 km até a faixa de 70
mil reais que entregue quantidade de desempenho e dirigibilidade no nível do
Sandero RS.
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